quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O que muda segundo Paulo Camossa

Em contrapartida à minha última postagem posto agora a segunda opnião. Em entrevista ao grupo de mídia, Paulo Carmosaa fala sobre o fim ou não dos meios escritos inclusive a revista.

Um meio não elimina o outro
Formado em Propaganda pela ESPM, Paulo Camossa, diretor geral de Mídia da AlmapBBDO, iniciou sua carreira publicitária em 1986, na LageStabel/BBDO. Depois passou por algumas das principais agências brasileiras, como MPM, Talent e FCB, até ingressar na AlmapBBDO, em 1996. Foi duas vezes indicado ao Caboré de Mídia e é um dos profissionais mais premiados da área no país, em festivais como Cannes, Prêmio Abril e Maximídia. Nesta entrevista, ele fala sobre a valorização da mídia revista, de como essa mídia pode ser revigorada e ressalta o valor do conteúdo em relação ao meio de comunicação.

Grupo de Mídia - A AlmapBBDO sempre valorizou a mídia impressa e tem cases, como Havaianas, que foram construídos a partir dela. Hoje se fala muito na importância que a mídia digital está adquirindo, em detrimento de outras mais tradicionais. Como você avalia que será o futuro da mídia impressa, em particular, revistas?

Paulo Camossa - A história mostra que um meio não elimina o outro. A história de Romeu e Julieta nasceu como poema, foi transformado em peça teatral e mereceu milhares de montagens, inspirou filmes, programas de televisão e músicas. O conteúdo é mais importante que o meio. Espero que no futuro as empresas produtoras de conteúdos saibam explorar adequadamente cada meio e que esta discussão sobre o futuro dos meios não seja muito relevante.

Grupo de Mídia - O trabalho que vocês realizam para mídia impressa poderia ser transferido, com qualidade, para mídias como web?

Paulo Camossa - É outra linguagem. Temos produzido cases interessantíssimos neste universo.

Grupo de Mídia - O mercado de revistas tem enfrentado problemas de queda de share, em que isso atrapalha o investimento das agências nessa mídia?

Paulo Camossa - A queda de participação não é causa, mas conseqüência. Os novos meios – especialmente cabo e web - são parecidos com os meios impressos em qualificação e ambientação editorial e vêm dividindo investimentos. A queda de participação do jornal é bem mais contundente que a da revista – já tem 5 anos, inclusive, que a participação da revista está estabilizada entre 8 e 9%.

Grupo de Mídia - Qual a saída para as revistas reverterem esse caminho?

Paulo Camossa - Aprender a explorar e comercializar as novas plataformas de comunicação.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O futuro da mídia

Por incrível que pareça, ainda há profissionais que garantem que a internet não mudou em nada os hábitos de mídia.

Por Marcelo Sant'Iago autor do blog “Poucas e boas”

Nas útimas semanas participei de quatro mesas redondas em diferentes eventos. Basicamente o tema em todas foi o futuro da mídia e novas tendências de comunicação. Fui convidado para um quarto debate sobre o mesmo assunto nas próximas semanas, mas infelizmente não poderei comparecer.
Claro que todas as discussões acabam por abordar o tema convergência de meios e o (importante) papel da interatividade nos hábitos dos consumidores.
Mas, por incrível que pareça, ainda tem profissional que argumenta que a internet não mudou em nada os hábitos de mídia. Pode uma coisa dessas? Tive que ouvir um grande executivo dizer que a internet não impactou a mídia impressa, em especial os jornais, que continuam “atuais como sempre”. E outro poderoso disse que mídia interativa “é perfumaria, coisa de índio que fica tentando vender colarzinho para os outros”.
Eu pergunto:
Será que eles sabem que em apenas 19 dias após o início da comercialização e lançamento do ipod vídeo, foram vendidos 1 milhão de vídeos na loja da Apple com apenas 2.000 títulos disponíveis?
Será que eles sabem que em breve você poderá comprar na internet livros por página? Afinal, para que comprar um livro de receitas inteiro, se quero apenas aprender a fazer brigadeiro?
Será que eles sabem que nos Estados Unidos as pessoas gastam mais com acesso a internet do que com assinaturas de revistas, jornais e TV?
Será que eles sabem que o MSN Messenger tem mais de 10 milhões de usuários no Brasil, enquanto a TV por assinatura tem 3,3 milhões de assinantes?
Será que eles sabem que, segundo a ANJ, desde meados de 2003 o número de usuários de internet supera o de assinantes de jornais?
Será que eles sabem que 18% dos consumidores europeus acessa programas de TV pelo celular no horário de trabalho?
Será que eles sabem que, no Brasil, as pessoas com acesso a internet em casa assistem menos TV, especialmente no horário nobre? E que isso é mais acentuado nos domicílios com banda larga?
Será que eles sabem que, enquanto o jornal de maior circulação tira por volta de 400 mil exemplares aos domingos, o site de comparação de preços Buscapé recebe mais de 300 mil de consultas diariamente?
Será que eles sabem que uma mala–direta registrada de até 20 gramas custa 3,35 reais, enquanto que o custo por clique de um anúncio no Google começa em 1 centavo?Será que eles sabem que a penetração de internet na classe A é de 80%, na B 53%, na C 25% e D/ 11%?
Será que eles sabem que existem comunidades no Orkut com mais de 10.000 pessoas que elogiam ou falam mal de um produto?
Aliás, será que eles sabem o que é Orkut?
Será que eles sabem que o varejo online deve faturar em 2005 em torno de 2,5 bilhões de reais?
Será que eles sabem que a indústria de games fatura mais que a de cinema e que a média de idade das pessoas que jogam online é 29 anos?
Será que eles sabem que para 45% da classe A/B brasileira a internet foi a grande revolução dos últimos anos, enquanto que para 68% da classe C foi o celular?
Será que eles sabem que todo o teor da entrevista do Lula no Roda Viva já estava disponível no Blog do Noblat, no meio da tarde?
Tivo eu sei que eles sabem o que é.
Sabendo ou não, a internet revolucionou o mercado de entretenimento, varejo, notícias e telefonia. E goste ou não, a publicidade como eles conhecem está com seus dias contados, cara pálida.

O texto retrata a preocupação do autor com o comodismo dos jornalistas das mesas redondas que participou. O que chama a atenção no texto é a forma irônica com que ele mostra estatísticas que provam que o "mercado" da mídia esta mudando. É inegavel que a maioria absoluta dos jornalistas terão de se curvar a trabalhar no mundo virtual. Até mesmo a Micrososft anunciou que seus programas passarão a ser construidos para trabalhar em ambiente virtual, ou seja, não haverá mais programas instalados nos computadores. Tudo será acessado diretamente do site do fabricante na internet. Não é ofensa deixar de escrever em papel para escrever em um site. É a dinâmica da evolução, quem não se adapta é extinto. E é hora de alguns preconceitos começarem a serem extintos antes que seus donos o sejam.

Postado por: Erick Patrocínio de Souza Oliveira
Caros leitores e colaboradores,
Quero agradecer ao Cristiano Soares por nos auxiliar na elaboração do blog deste semestre
Espero que possamos corresponder à altura levando informações de qualidade, assim como vocês o fizeram no último semestre. Qualquer contribuição e interação entre nossos blogs será bem vinda.
Agradecidos
Grupo 2 - Crítica da mídia 2007/02

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Diversidade do Jornalismo em Revistas

As postagens dos alunos do smestre passado são muito interessantes...
Que desejar pode acessar pelo seguinte endereço:

http://jornalismoemrevista.blogspot.com/

Boa Leitura!